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segunda-feira, 31 de março de 2008

O encontro de duas Cucas


“Não tive como não ficar com ciúme quando cheguei ao estúdio”. Intérprete da malvada Cuca, de 1981 a 1986, Catarina Abdala volta ao “Sítio do Picapau Amarelo” nesta temporada vivendo outro papel, mas confessa uma pontinha de saudade da personagem.

— Quando me ligaram, perguntei na mesma hora: “Vou fazer a Cuca de novo?” Foi engraçado. Mas estou adorando ser a Mula-Sem-Cabeça — diz Catarina.

Solange Couto, a quem coube a tarefa de viver a vilã, já sentiu a responsabilidade de interpretar uma figura clássica, que passou pela mão de atrizes talentosas.

— Não estou com medo de ser a Cuca, mas confesso que rola uma ansiedade. Fazer algo já consagrado pela Dorinha Duval e a Catarina e tentar chegar perto do trabalho delas não é para qualquer uma, não — conta.

Outra grande missão para Solange será desvendar em que se transformou a personagem, famosa no passado pela forma de um jacaré.

— Não consegui definir que bicho ela é agora. Não tem rabo, tem asa, não tem focinho, tem escamas, cílios longos, dentes para fora, garras, enfim, não sei do que se trata — explica a atriz, emendando: — E ela ainda se acha linda, porque quando olha para o espelho, é outra imagem que vê.



A Mula-Sem-Cabeça, por sinal, também vive esses conflitos estéticos.

— Trata-se de uma mulher exuberante, mas que ganhou uma maldição: nas noites de Lua cheia, vira um ser assustador — diz Catarina.

Belas ou assustadoras, as duas atrizes costumam agradar ao público infantil.

— Nunca trabalhei diretamente com crianças, mas tenho ótima relação com elas desde Dona Jura (“O clone”, de 2001) — diz Solange.

Catarina também espera uma boa receptividade:

— Além da Cuca, fiz “Armação ilimitada”, que tinha um público bem jovem.

Notícia 2007

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